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domingo, 9 de novembro de 2008

¨O amor é pobre, magro, mal apresentado, sem sapatos, sem domicílio, sem outra cama que a terra, dormindo sob as estrelas, sem cobertores, junto das portas e nas ruas, irremediavelmente miserável, imitando a sua mãe.¨
Mal chego não sei onde, e vejo isso lapidado em mármore e com legendas de todas as línguas do mundo, braile e todas as formas de se se interpretar algo além de uma voz que saia de uma fonte ao lado com tradutor também de todas as línguas do mundo, logo me dei conta que não estava mais na Terra e nem dormindo pois estava fumando de verdade, pois bem, até aí tudo normal, foi quando me lembrei que essa frase era de Platão, que no exato momento que tenho essa lembrança eis que o tal filósofo surge ao meu lado esquerdo e diz:
- Bem, logicamente você veio parar no meu setor pois é aqui o paradeiro destinado ao infortunados em vida do tal amor, e só para constar, lá na ¨vida¨ você morreu, mas tudo bem, esse nem é o pior setor daqui. Bom que terei companhia, fui o primeiro a ocupar esse lugar e desde então continuo com meu posto de apaziguador dos males sofridos por lá onde estava. Ultimamente ando cansado de ouvir todos que aqui estão, mas vamos lá, tem alguma noção do que houve?
- Não.
- Egoísmo?
- Não.
- Traição?
- Não.
- Bom isso, geralmente os que aqui intercedo(digo intercedo pois dependendo do que ouço posso mudar algumas coisinhas e te ajudar..), enfim, como ia dizendo, a maioria dos que aqui passam ficam porque ou são egoístas ou libertinos, como não aparenta ser o seu caso vamos continuar..
- Nisso acordo, vivo, e continuo aqui onde estou, ou seja, Platão intercedeu por mim, pois já sabia de toda minha história e quando menos me dei conta estava de volta e sem vontade alguma de revê-lo.

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